Comprar um barco é o sonho de muitas pessoas que amam o mar. No entanto, esse sonho muitas vezes parece distante por causa dos custos de aquisição, manutenção e operação de uma embarcação.
É aí que entra a compra compartilhada de barcos — uma modalidade que vem crescendo muito no Brasil e no mundo, mas que ainda é cercada por dúvidas e preconceitos.
Assim como aconteceu com o compartilhamento de imóveis de luxo, carros e até aviões executivos, o conceito de dividir o uso e os custos de um bem náutico com outros proprietários vem se consolidando como uma forma inteligente de viver a experiência náutica com praticidade e economia.
Mesmo assim, há quem ainda acredite em alguns mitos sobre esse modelo. Neste artigo, vamos desmistificar 5 dos principais mitos sobre a compra compartilhada de barcos — e mostrar por que é hora de deixar essas ideias ultrapassadas para trás.
Mito 1: “Compra compartilhada é o mesmo que aluguel”
Esse é um dos equívocos mais comuns. A compra compartilhada não é aluguel.
No aluguel, o usuário paga apenas pelo uso temporário do barco, sem nenhum direito sobre o bem. Já na compra compartilhada, você se torna proprietário legal de uma fração da embarcação, registrada em cartório, com todos os direitos e deveres correspondentes.
Na prática, é como adquirir um imóvel em condomínio: você tem uma cota que representa uma parte real do barco. Essa fração dá direito ao uso proporcional do bem e também à valorização do ativo.
Além disso, a gestão compartilhada normalmente inclui serviços de administração, manutenção e agendamento de uso, o que elimina as dores de cabeça de quem tem um barco próprio, mas quer apenas aproveitar o tempo no mar.
Mito 2: “Vai dar conflito com outros proprietários”
Muita gente teme que dividir um barco com outras pessoas leve a brigas sobre quem pode usar, quando e como.
Na realidade, as empresas especializadas em compra compartilhada trabalham com regras claras de uso e um sistema de agendamento profissional, que garante o acesso equilibrado para todos os coproprietários.
Essas regras geralmente são definidas em contrato e incluem a quantidade de diárias disponíveis por cota, o número máximo de reservas simultâneas e até mecanismos de sorteio para períodos de alta demanda, como feriados prolongados.
Com esse sistema, não há espaço para improvisos ou disputas — tudo é organizado para que cada cotista aproveite seu tempo de navegação de forma justa e tranquila.
Além disso, a convivência entre os coproprietários costuma ser mínima, já que o contato direto é desnecessário: toda a comunicação e o controle de reservas são feitos digitalmente, por meio de plataformas próprias.
Mito 3: “A manutenção é um problema”
Outro mito é achar que a manutenção de um barco compartilhado é caótica ou malfeita. A verdade é justamente o contrário.
Na compra compartilhada, a manutenção é gerida por profissionais especializados, com cronogramas rigorosos e orçamentos previamente planejados.
Em vez de cada proprietário cuidar de seu barco (o que muitas vezes resulta em atrasos e improvisos), a embarcação tem uma equipe responsável por mantê-la sempre em perfeitas condições.
Esse modelo garante padronização, segurança e conservação do investimento, além de eliminar o risco de surpresas com custos inesperados.
E o melhor: como as despesas são divididas proporcionalmente entre os cotistas, a manutenção deixa de ser um peso financeiro individual e passa a representar apenas uma fração do custo total.
Mito 4: “O barco não é realmente seu”
Há quem pense que, ao dividir um barco com outras pessoas, está apenas “emprestando dinheiro” ou “participando de um clube”. Isso é completamente falso.
Na compra compartilhada, você é proprietário de uma fração legal e documentada da embarcação. Isso significa que o barco é seu tanto quanto é dos outros cotistas, em proporção à sua participação.
Você pode usufruir da sua cota, revendê-la, transferi-la ou até trocá-la, conforme as regras previstas no contrato. É um ativo real — não uma assinatura ou um programa de fidelidade.
Além disso, esse formato costuma facilitar o acesso a embarcações de maior valor e performance, que talvez não fossem viáveis financeiramente em uma compra individual.
Em outras palavras: você é dono, sim — e de um barco muito melhor do que conseguiria manter sozinho.
Mito 5: “Não vale a pena financeiramente”
Muitos ainda acreditam que a compra compartilhada é uma “moda passageira” e que, no fim das contas, sai caro.
Na verdade, é exatamente o oposto.
O uso médio de um barco particular é de apenas 30 a 40 dias por ano, segundo estudos do setor náutico. Isso significa que, durante mais de 300 dias, a embarcação fica parada, depreciando, gerando custos fixos e exigindo manutenção constante.
A compra compartilhada, por sua vez, permite que você pague apenas pela fração de uso que realmente terá, reduzindo drasticamente o investimento inicial e os custos recorrentes.
Além disso, o barco continua sendo um patrimônio que pode se valorizar ao longo do tempo — e o custo de operação é dividido entre os cotistas.
Em termos financeiros, é uma decisão racional e eficiente, especialmente para quem busca lazer e experiência, não apenas posse.
Por isso, cada vez mais investidores e entusiastas do estilo de vida náutico estão adotando esse modelo, que combina praticidade, economia e exclusividade.
O mar está mais acessível do que nunca
A compra compartilhada de barcos representa uma nova forma de viver o luxo e a liberdade de navegar, sem os entraves que antes limitavam esse sonho a poucos.
Com planejamento, transparência e uma boa empresa administradora, esse modelo oferece tudo o que um proprietário deseja: comodidade, economia e segurança.
Afinal, não se trata de abrir mão da posse, e sim de otimizar o uso de um bem que, por natureza, é subutilizado.Se você sempre sonhou em ter um barco, mas achou que era algo distante, talvez esteja na hora de esquecer os mitos e descobrir que o mar pode ser seu — e de um jeito muito mais inteligente.
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